Um canto desesperado Vai rasgando a minha vida Não posso ficar calado Permitindo que se diga Assim de mim por aí
"Pirou de vez Isso aquilo vive infeliz Desvio da natureza É incapaz Só pode ser por drogas demais Alcoolismo"
Mentira, mentira!
Tem noite sinto no peito Diz a verdade Uns dez balaios de gatos todos pretos Ave Maria, credo em cruz Esconjuro, clamo Jesus, rezo, canto Como se cantasse um hino ou um blues Como Alberta Hunter, Clementina de Jesus Eterno amor, peito em chamas arde tanto Quem é que te destina ternuras A dor vai dar misteriosamente na mesma certeza Ser uma sina a loucura
Eu enchi de contras até a tampa Meu baú só com tragédias urbanas gregas e troianas Eu coloco meu sobretudo sobre mim lhufas Quero saber sobre nada disso ou daquilo
Nem mel, nem fel Simples sou o maior trivial de que se tem notícia Quem sou porém Convém explicar muito bem Eu vou dizer de uma vez por todas
Já tive muitos critérios Hoje só vários delírios ativos cultivo em mim Resolvi levar a sério - a ha ha ha ha - o riso Ao sair dum cemitério e eu estava bem vivo
Quem sou eu ainda não sei Eu só que eu canto porque gosto Talvez negócio de quem não tem bom juízo Mas lembrem-se Astronautas eram deuses Rola, existe disco laser Outros mundos, outras galáxias Outros seres, antena parabólica Nunca foi a teoria idêntica com a prática (A memória pode desaparecer) Som luz, luz som Acendo com fósforos velas contra as forças ocultas Nos vídeos, nos palcos
Compositor: Itamar de Assumpcao (Itamar Assumpcao) (UBC)Editor: Altafonte Brasil (UBC)Publicado em 2010 (16/Fev) e lançado em 2010ECAD verificado obra #20293 e fonograma #1669630 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM