Eu fiz a maior proeza Nas bandas do rio da morte Com outro caminhoneiro Traquejado no transporte
Fui buscar uma vacada Para um criador do norte Na chegada eu presenti Que era dia de sorte Depois do embarque feito Só ficou um boi de corte
O mestiço era bravo Que até na sombra investia E a filha do fazendeiro Molhando os lábios dizia
Eu nunca beijei ningüém Juro pela luz do dia Mas quem montar esse boi Lhe tirar a valentia Ganha meu primeiro beijo Que darei com alegria
Vendo a beleza da moça Meu sangue ferveu nas veias Eu calcei um par de esporas E passei a mão na peia
Peguei o mestiço a unha Rolei com ele na areia Enquanto ele esperneava Fui apertando a correia Mas quando sentei no lombo Foi que eu ví a coisa feia
O boi saltou a porteira No primeiro corcoviado Numa ladeira de pedra Desceu pulando furtado
Saía línguas de fogo Cheirava chifre queimado Quando os cascos do mestiço Batiam no lageado Parou berrando na espora Ajoelhando derrotado
Pra cumprir sua promessa A moça veio ligeiro Me disse: Você provou Ser peão de boiadeiro
Dos prêmios que eu vou lhe dar O beijo é o primeiro Sua boca foi abrindo Seu olhar ficou morteiro Nessa hora eu acordei Abraçando o travesseiro
Compositores: Jesus Belmiro Mariano (Jesus Belmiro) (SOCINPRO), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editores: Latino Editora (UBC), Peermusic do Brasil Edicoes Musicais Ltda (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2023 (21/Mai) e lançado em 2023 (16/Mai)ECAD verificado obra #4249 e fonograma #43136859 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM